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Como começar a meditar

Retomando o tema da Atenção Plena, separei oito textos baseados nos episódios da série da Netflix Headspace Meditação Guiada, onde o monge budista Andy Puddicombe, escritor e cofundador da empresa Headspace, mostra de forma divertida, lúdica e vivencial os benefícios da meditação, inclusive guiando práticas com técnicas específicas. A cada texto vou trazer o centro do que é apresentado no episódio e aprofundar os conceitos da Atenção Plena para que você se sinta com vontade de tentar experimentar isso tudo e poder sentir os benefícios que eu venho sentindo!

Então vamos lá!

Nossa vida é cheia de agitação e estímulo, e cada vez mais o ser humano reclama e busca maneiras de tentar se desligar ou desacelerar. Os níveis de estresse cada vez mais altos e uma urgência em resolver coisas que não precisam acontecer naquele exato momento. O termo “meditação” tem sido mais utilizado, mas ainda precisa ser desmistificado. Logo no início do primeiro episódio, Andy apresenta uma definição onde classifica a meditação como uma habilidade, “um jeito de treinar a mente” para que ela fique mais calma e clara. Se quiser ter um pouco mais de noção sobre meditação ou atenção plena, volte nesse texto.

Ainda temos a ideia de que meditar precisa ser sentado de pernas cruzadas como os monges. Mas poder ouvir do próprio monge a desconstrução disso, afirmando que podemos meditar sentados, deitados, sozinhos, acompanhados, de olhos abertos ou fechados é libertador! O principal é estar em um local confortável e de preferência livre de interrupções.

Não precisa disso!

Temos também a ideia errônea de que meditar significa “controlar” a mente com a intenção de nos “livrar” dos pensamentos indesejados. Quando na verdade precisamos treinar nossa mente para mudar a forma como nos relacionamos com estes pensamentos, deixar que esses pensamentos vêm e vão. Existem várias técnicas diferentes de meditação e nesse episódio ele apresenta a Atenção Focada, que nos ajuda a fazer o movimento de “âncora”, que é ter para onde voltar com a atenção, quando percebemos que começamos a divagar. 

Ele mostra também que a meditação vem da tradição budista de milhares de anos e que nos últimos 20 anos estudiosos têm trabalhado para comprovar de maneira científica as modificações que ocorrem no cérebro de quem pratica com regularidade. À esta capacidade do cérebro de fazer novas conexões, ativar mais certas partes e menos outras, é chamada de “Neuroplasticidade”. Graças a ela podemos estar em constante aprendizado na vida!

Gosto da comparação feita entre meditar e malhar os músculos, afinal não conseguimos um bom resultado na academia logo no primeiro dia, e sim com dedicação, persistência, constância, atrelados a uma boa alimentação. Na meditação é a mesma coisa. As primeiras experiências são estranhas e com a sensação de “não vai adiantar nada isso aqui!”, mas depois de um tempo praticando, aliado com o aprofundamento dos conhecimentos, começamos a sentir os benefícios. E como na academia, alguns dias vamos animados e em outros vamos por obrigação. Na meditação não é diferente, em alguns dias ela pode ser fácil, em outros pode ser difícil, mas o importante é manter-se mergulhado nela e perceber os efeitos ao terminar uma prática.

Gosto da frase que ele encerra o episódio, pois acredito nela:

Mesmo estando sentado, parecendo que nada está acontecendo em você, saiba que a meditação e a atenção plena podem mudar sua vida!

Andy Puddicombe

E como já contei nesse texto, também sigo no aprendizado e aprofundamento, e o melhor caminho para meditar é ter a intenção e o desejo aliados a uma série de tentativas. A repetição leva à uma melhor experiência! Para isso te desafio a realizar a prática proposta de Atenção Focada do primeiro episódio da série e compartilhar comigo como se sentiu.

Até!

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