A raiva, assim como todas as emoções, a raiva têm uma função em nossas vidas. Pode não ser gostoso senti-la, mas certamente é necessária! Geralmente ela sinaliza que existe algo com potencial ameaça para nós ou para os outros e se torna mais evidente com situações de abuso ou injustiças. Ela nos avisa que estamos diante de injustiças ou agressões e nos dá a energia necessária para agir. No entanto, ela bloqueia nossa capacidade de pensar com clareza e pode nos fazer reagir como um animal sendo atacado. Na verdade, não sabemos muito bem o que fazer com este sentimento, queremos nos defender, ou partir para o ataque, e as duas mentalidades são destrutivas tanto para nós quanto para nossas relações.
Nesse episódio de Headspace Meditação Guiada, nos é proposto uma mudança na mentalidade reativa de querer culpar a outra pessoa e sim reagir proativamente querendo que a pessoa que te provocou o sentimento de raiva fique feliz. Quando nos focamos na felicidade dos outros começamos a sentir a felicidade em nós mesmos. Isso pode parecer uma ideia muito difícil. Quando olhamos para nós mesmos, nossa mente “encolhe” porque nossa visão de mundo fica menor e quando trocamos o foco para algo mais ampliado à mente se expande e fica mais suave.
A ideia apresentada neste episódio é da Compaixão habilidosa, onde é apresentada uma tentativa de transformar a raiva em algo mais positivo, invertendo a lógica e colocando a felicidade do outro à frente da nossa, ou pelo menos entender que a felicidade do outro é tão importante quanto a nossa. O ponto mais desafiador desta prática é no momento em que ele sugere que façamos uma inspiração para a imaginar a dificuldade que o outro está passando e ao expirar podemos nos imaginar trocando pelas coisas boas que já passamos na nossa vida. Por mais difícil que pareça esse ato, pode provocar uma sensação de felicidade dentro de nossa mente.
Andy nos mostra pesquisas científicas que foram realizadas na Espanha comprovando que a meditação teve influência na redução da reatividade e impulsividade e comportamento agressivo de jovens. Todas as pesquisas apresentadas são sempre muito interessantes e mostram o quanto esse campo de estudo está crescendo e fazendo sentido na vida das pessoas!
Compartilho com vocês que esta prática foi a mais difícil até agora e é muito diferente de tudo o que já havia praticado. Mas como disse Andy: “De um tempo para funcionar!”. Precisamos mesmo praticar diversas vezes, pois aprendemos muito que não devemos nutrir bons pensamentos ou sentimentos por aqueles que nos incomodam de alguma maneira. E esta prática pede justamente para que você mentalize a pessoa que te magoou, frustrou ou deixou com raiva e imagine as dificuldades que ele(a) pode estar passando, e em seguida imagine você em algum momento de felicidade e trocando isso com a referida pessoa.
Como é desafiador mudar de postura na vida e parar de agir no modo da reação e explosão. Mas é um caminho que devemos perseguir, isso não significa que nunca mais sentiremos raiva de ninguém, mas que não devemos manter este sentimento dentro de nós. Atingir essa conquista pode ajudar a ter uma vida mais leve e feliz!
Até!