Como ainda temos associada a ideia do acompanhamento psicológico com algo médico, pensamos então que, se busquei por um psicólogo por um momento da vida, fiz algumas sessões, ou até muitas sessões, quando estiver de alta, não precisarei nunca mais utilizar deste serviço. Como uma “doença que foi curada”. Seguindo então esta lógica médica… Quando ficamos doentes e buscamos um médico, depois que fazemos o tratamento e melhoramos, nunca mais adoecemos??
A vida é feita de altos e baixos. Estamos em uma constante oscilação de bons e maus momentos e em alguns conseguimos enfrentar positivamente e em outros não. Dependendo da forma como fomos ensinados a lidar com nossas emoções, temos maior facilidade ou dificuldade em enfrentar nossos problemas. Somos um emaranhado de sentimentos, emoções e construções sociais feitas ao longo da vida, e nem sempre conseguimos dar conta disso tudo.
Poder ter ajuda de um profissional, independente de qual a abordagem que ele utiliza, para acompanhar nosso processo de aceitação das dores, enfrentamento dos desafios, evolução das habilidades, crescimento e fortalecimento emocional é algo que pode facilitar o caminho de evolução. Claro que tudo isso depende do envolvimento entre o profissional e o cliente. E já disse aqui uma vez: “não vai ao psicólogo quem tem problemas, pois isso todo mundo tem (inclusive o (a) psicólogo (a). Vai ao psicólogo quem quer resolvê-los!
Hoje eu incluo mais uma afirmação: Também pode ir ao psicólogo, quem considera que não tem nenhum problema! Mas deseja trabalhar em sua evolução pessoal!
Nem só de problemas vive uma terapia, mas também de uma busca por valores pessoais que direcionam a vida do cliente para realizar ações com mais sentido. Nessa busca, podem existir alguns entraves, mas não necessariamente.
Portanto, a terapia pode ser vivenciada ao longo de toda vida, em diversas idades, em diversas fases da vida e por diversos motivos diferentes. Você pode iniciar o processo na infância, por ter sido encaminhado por seus pais, por passar pela ansiedade de separação, depois durante a adolescência pedir para seus pais para retomar por estar com dificuldade de relacionamento com colegas na escola, na fase do final do colegial e início de faculdade ter os questionamentos sobre carreira e relacionamentos amorosos, na vida adulta o casamento, trabalho e filhos… são tantas coisas.
Se depois de ter passado por um processo e sentir que as queixas foram sanadas, mas ainda sentir vontade de evoluir… por que não se permitir? Busque um (a) profissional que se encaixe com seu perfil naquele momento da vida. Não há problema algum em passar por diversas psis ao longo de sua vida toda, o importante é se encontrar e se sentir bem!
Evoluir é preciso!