Você já reparou como em diversos momentos da vida somos duros demais com os outros e mais ainda com nós mesmos? Fomos ensinados ao longo de nossa vida a fazermos comparações e a desejarmos ser extremamente corretos. Não que isso seja ruim, mas o grande problema é que não suportamos lidar com a menor possibilidade de falha ou fracasso. E daí precisamos aprender a lidar com essa “mente julgadora” que desenvolvemos e de que maneira conviver melhor com os ressentimentos para podermos viver com mais tranquilidade e leveza. Para isso precisamos desenvolver a capacidade de dar gentileza e bondade a nós mesmos e a todos ao nosso redor.
Ficar apegado ao sentimento de ressentimento pode travar nossas vidas, no exemplo apresentado no quinto episódio da série Headspace Meditação Guiada mostra que a prática de meditação pode nos ajudar a desapegar de sentimentos que não nos fazem bem. Com ela aprendemos a criar um espaço no qual “podemos deixar o ressentimento ir embora”. Não significa que ao meditar uma única vez, o sentimento ruim desaparece magicamente, mas ao praticar constantemente a meditação e cultivar os sentimentos de bondade por si e pelos outros é possível deixar esse sentimento menos potente e impactante em sua vida.
A mente está o tempo todo julgando, criticando, nos martirizando e consequentemente julgando os outros. Com isso ficamos presos na tensão de como as coisas são de fato ou como achamos que deveriam ser, ou como gostaríamos que elas fossem. Nisso perdemos a oportunidade de aceitar a mente como ela é e “fazer as pazes com a mente”.
Andy Puddicombe, o ex-monge budista e apresentador da série, declara que até este episódio da série focou em ensinar como não sermos tão distraídos, sermos mais focados, o que faz com que consigamos ver nossos pensamentos e sentimentos com maior clareza. Mas além dessa clareza precisamos aprender também a desenvolver os sentimentos de amor, alegria e bondade que são tão necessários em nossas vidas.
Ao meditar precisamos estar em equilíbrio entre percepção (o que está acontecendo em nossa mente) e as sensações de amor, gentileza e bondade. Nesta técnica especificamente trabalhamos a Bondade Amorosa, e de uma maneira calma e gentil, devemos fazer a visualização de si mesmo e de pessoas tanto queridas, quanto com alguma dificuldade de comunicação ou convivência. Não se trata de uma prática fácil, pois direcionar sentimentos de amor e bondade para si, ou para quem estamos com alguma dificuldade exige um esforço maior. Nessa prática Andy propõe a visualização de um ponto de luz no meio do nosso peito se expandindo e provocando sensação de relaxamento e felicidade. Ao fazermos isso estamos nos desprendendo daquilo que causa infelicidade em nossa mente. Esse exercício é mais sobre sentimentos do que a clareza da visualização. Essa clareza virá com o tempo.
Estudos mostram que a meditação regular aumenta a autocompaixão e, com a criação de uma imagem corporal mais aceitável, diminui o fluxo de pensamentos negativos aprendendo a lidar com maior ternura e bondade consigo mesmo.
Se você for tentar iniciar a prática, não se esqueça que não há problema algum em sua mente divagar e se distrair, se isso acontecer não tem nenhum problema, você não meditou errado! Só note isso e traga a mente de volta ao que estava sendo proposto naquele exercício. Se libertar da mente crítica e julgadora e sentir a sensação de amor incondicional.
Quanto mais praticamos, mais sentimos isso e consequentemente conseguimos transmitir isso a todos ao nosso redor. Sei que é utopia, mas… o mundo não seria um local bem melhor se as pessoas aprendessem a usar mais este recurso da bondade amorosa? Me conte sua opinião!
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