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Sobre comunicação não violenta

Gente, primeiramente eu estou muito feliz por estar aqui com vocês! Eu vim pra dividir um tesouro que eu demorei para descobrir. A comunicação como um caminho para transformar a relação comigo mesma, com os outros e com o mundo. Sou Cris Ligeiro uma mulher determinada, artista, psicóloga e apaixonada por pessoas e conexões! Apaixonada pelas palavras e inspirada pelos textos e obras lindas que eu conheci, encontrei na comunicação um trabalho e também uma causa: Trazer para a consciência o quanto a comunicação pode mudar nosso passado, inspirar nosso presente e transformar nosso futuro! Isso  é algo real que eu defendo e acredito muito.  Hoje dentro da minha jornada existencial, a mudança vem acontecendo diariamente e por isso me inspira escrever para vocês aqui.

Reconheço que às vezes eu não consigo e acabo julgando e prejudicando com palavras as pessoas mesmo sem querer, afinal somos seres humanos e vivemos dentro de uma educação muito violenta e desaprender isso é difícil, mas te digo que é possível! A forma como aprendemos a nos comunicar foi na base de ameaças, rotulação sobre quem está certo e errado, punição e recompensa. Um relacionamento vivido no paradigma da escassez de contribuição, esses aprendizados tornam as relações ameaçadas  em um movimento  tóxico de perde e ganha  impedindo que a assertividade flua na comunicação.

Dentro da minha prática clínica recebo muitas pessoas em sofrimento por falta de trabalhar uma habilidade nata em todo ser humano que é a EMPATIA.  Percebi que a dificuldade de todas as pessoas estava na forma como interpretavam os conflitos e situações em sua vida, com isso a confiança de SER quem gostaria de verdade era comprometida por interpretações irreais. Entre pesquisas e estudos nesses últimos três anos, fiz a maior, e para mim a melhor descoberta sobre empatia, conexão e compaixão: A teoria da Comunicação Não Violenta. Ela resgata em nós a essência de quem somos. Aprendemos a nos conectar com nossos sentimentos de forma honesta sem medo de julgamentos e críticas, reconhecendo nossos limites e necessidades para transformar uma comunicação alienada em conectada com o coração. 

Mas quero contar a você caro leitor, que desaprender a comunicação habitual que estamos acostumados a viver em nossas relações requer coragem, escolha e muita prática. Te convido a uma reflexão para repensar na forma como você quer ser no mundo e nas relações a sua volta:

  • NÃO FAZEMOS COMUNICAÇÃO, NÓS SOMOS COMUNICAÇÃO.

Somos narrativas incompletas e ter consciência sobre isso, pode ser transformador em suas relações. Quando criança, precisamos das pessoas que a gente confia para nos ensinar o que é uma cadeira, uma mesa, uma flor, que nome damos para a cor azul, etc. Toda cor e objeto vamos aprendendo e assim formando um repertório de conhecimentos e habilidades. Ao dar nome às coisas nós fazemos com que elas passem a existir para nós. Assim também acontece com nossas relações mãe, pai ,irmãos ,colegas de profissão. É também através das palavras que conseguimos dar nome às nossas emoções, medo, raiva, tristeza, saudade. E por elas também distinguimos o que é certo ou errado, feio ou bonito, quem sou ou não sou! Nessa forma binária que aprendemos, vai causando desconexões e nos afastando da nossa essência compassiva. A Comunicação Não Violenta te ensina a descobrir que é pela linguagem que se criam e recriam realidades, portanto somos linguagem.

Tudo que você olha, pensa e sente comunica algo e através do reconhecimento desses sentimentos que você consegue descobrir o que precisa para ser autêntico dentro dos seus relacionamentos. Tudo o que sabemos sobre nós, sobre o outro e o mundo são certezas e preconceitos apreendidos. A intimidade com seus sentimentos separados dos pensamentos e das interpretações te apoiam a fazer escolhas conscientes e se auto responsabilizar no que deseja se conectar.

Assim como as palavras criam em nossa mente, elas também podem mudar a nossa mente. Por isso eu acredito na habilidade da empatia como aliada para construir essa mudança. 

Eu sempre falo: “temos duas opções de escolha”! 

Aprendermos a nos comunicar com respeito e negociar limites ou então a vivermos em diversos conflitos e disputas de quem está certo, quem está errado ou quem tem razão… Convivência é uma condição do ser humano, agora a convivência de forma positiva é uma escolha. 

Chegou a hora de desaprendemos para reaprender a comunicação como parte do desenvolvimento humano. Trabalhar para desenvolver sua  empatia vai te ajudar a ter mais conexão e menos certezas absolutas sobre o mundo. Uma boa comunicação contagia, uma má comunicação contamina!

Precisamos então fazer uma pausa e escolher com consciência o que queremos alimentar sobre o que escuto do outro e também o que quero ofertar para o outro quando tenho desejo de me comunicar bem.

Seja a mudança que você quer ver no mundo!

A filosofia da Linguagem ensina que as palavras criam mundos e por isso o nosso mundo é Nossa linguagem. E esse universo da comunicação é um caminho para vida toda!

Eu desejo de coração que esse texto traga a você um novo olhar e possibilidade de caminhos para se relacionar com conexão e honestidade consigo mesmo e com os outros.

Grande abraço e até mais!

Cris Ligeiro 

Psicóloga Clínica

@crisligeiropsi

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